Faltam seis meses para a obrigatoriedade da recolha de biorresíduos, mas o país ainda tem um longo caminho a percorrer. Técnicos dizem que municípios não estão preparados, mas autarquias discordam. Para já, falta informação aos consumidores sobre o que terão de fazer e também não está claro quem vai pagar a fatura deste novo serviço.

A recolha seletiva de biorresíduos em Portugal Continental vai ser obrigatória a partir de 1 de janeiro de 2024, o que vai exigir uma nova operação por parte de 278 municípios e operadores e novos comportamentos do lado dos cidadãos.

A seis meses do prazo, muito está ainda por fazer. Salvo raras exceções, segundo os técnicos a maioria das autarquias não está num estado avançado de preparação e os cidadãos não estão informados sobre esta nova tarefa. A Associação Nacional de Municípios discorda, garantindo que tem sido feito um percurso "notável".

Num país que falha sempre as métricas dos resíduos, e onde cada pessoa produz 1,4 kg de resíduos por dia e onde a maioria dos resíduos vai para aterro (56%), segundo o último Relatório do Estado do Ambiente, a nova lei dos resíduos biodegradáveis tem potencial para retirar ao país esta "má reputação", na medida em que 37,4% de todos estes resíduos produzidos são biorresíduos.

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